O primeiro contrato entre Corinthians e Odebrecht, enfim, foi assinado. Na tarde desta terça-feira, as duas partes chegaram a um acordo quanto ao início das obras do futuro estádio do clube em Itaquera que, obrigatoriamente, deve ser a terraplanagem do terreno – técnica utilizada em construções que visa aplainar e aterrar o solo.
O contrato, que não teve os valores revelados, foi assinado apenas para a terraplanagem, com início das obras programado para a próxima semana e término em cerca de dois meses. Enquanto o terreno será deixado em ordem, dirigentes corintianos e representantes da empreiteira tentarão equacionar a diferença de 350 milhões de reais da obra – Timão fala em gastos de R$ 650 milhões, enquanto a empresa garante que vai gastar mais de R$ 1 bilhão.
Ao término da terraplanagem, se houver um acordo financeiro entre as partes, a Odebrecht continua a obra, com previsão de término para os últimos meses de 2013. Se clube e empresa não chegarem a um consenso, outra construtora assumirá o restante da obra no local.
A diferença no valor do orçamento é vista pelo Corinthians como o único entrave para que o futuro estádio esteja 100% garantido na Copa do Mundo. O problema, porém, parece não ter solução. A Secretaria Especial de Articulação para a Copa do Mundo de 2014, órgão oficial da Prefeitura de São Paulo para o Mundial, inclusive, promete questionar a Odebrecht sobre o valor do estádio.
O valor é considerado alto pelo Secretário Especial, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves, que já pediu explicações à construtora sobre a diferença no orçamento inicial. De acordo com uma pessoa ligada ao presidente Andrés Sanchez, a diferença chama atenção em diversos itens. A troca de lugar dos oleodutos da Petrobrás que estão embaixo do terreno, por exemplo, que segundo essa pessoa custaria aproximadamente 3 milhões de reais, estaria sendo orçado pela Odebrecht por cerca de R$ 30 milhões. Ou seja, dez vezes mais.
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