sexta-feira, 6 de maio de 2011

Após acordo com MP, Corinthians espera financiamento de estádio

Obras do estádio do Corinthians, em Itaquera, continuam sem previsão para começar

ais uma previsão para o início das obras do futuro estádio do Corinthians em Itaquera fracassou. O clube enfim chegou a um acordo com o Ministério Público (MP) para a cessão do terreno na Zona Leste de São Paulo, mas agora espera a obtenção de financiamento de R$ 400 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para começar a construção.

Timão promete início das obras do estádio para junho
Há cerca de três semanas, o diretor de marketing corintiano Luis Paulo Rosenberg havia previsto que as obras em Itaquera já estariam em andamento na primeira quinzena de maio. ‘Mas não vai passar de junho. Precisamos definir o melhor modelo de financiamento. Por que não gastar mais uma semana para encontrar algo mais correto tributariamente, com melhores garantias e sem me sobrecarregar?’, argumentou, nesta quinta-feira.
Até então, o principal empecilho para o início da construção era um litígio judicial referente à doação da área de 197.095 m , cedida ao Corinthians em 1988 com a condição de que ali fosse erguido um estádio em cinco anos. Como o clube não cumpriu o prazo proposto, precisou se comprometer com a Justiça a reverter R$ 12 milhões em prol da sociedade paulistana. ‘Ter ou não o acordo com o promotor era questão de vida ou morte. Eu nunca mexeria no terreno sem essa aprovação’, enfatizou Rosenberg, minimizando o novo entrave que enfrenta.
Para viabilizar o financiamento no BNDES, o Corinthians recorrerá à Caixa Econômica Federal como intermediária da construtora Odebretch. ‘Nosso financiamento é exótico, por se tratar da maior arena de todas que sediarão a Copa e porque a detentora será uma entidade de direito privado. A gente já tem uma via para obter isso, mas estamos trabalhando com outra mais vantajosa’, comentou o diretor de marketing do clube. ‘Prefiro deixar todo mundo angustiado por mais 10, 15 dias e economizar uns R$ 35 milhões, o equivalente a meio Kaká.’
Sempre que aborda o investimento na arena de Itaquera, Rosenberg faz questão de destacar a ausência de dinheiro público no projeto, orçado em R$ 650 milhões. ‘Não é pegar verba da Prefeitura para botar no estádio. Acho engraçado quando dizem que o BNDES está dando dinheiro para nós. É um empréstimo. Se o Corinthians der um totó, a Odebretch paga’, simplificou.
Luis Paulo Rosenberg também não consegue externar seus planos para o estádio do Corinthians sem provocar o São Paulo. Antes da definição de Itaquera como sede da abertura da Copa do Mundo de 2014, o rival pleiteava que o Morumbi fosse o palco escolhido pela Fifa. ‘Não sei como ainda existe essa dúvida. Não há outra alternativa para a Copa em São Paulo a não ser Itaquera. É uma obra para 30, 31 meses, e a gente vai terminar em 2013 tranquilamente. Alguns messiânicos e sebastianistas dizem que a abertura será em outro lugar, pois conversaram com algum santo. Se falam para ganhar eleição, tudo bem. Mas, se realmente cultivam essa esperança, eu aconselho consultar um cardíaco para cuidar do desengano’, ironizou, em clara referência a Juvenal Juvêncio, recentemente reeleito como presidente são-paulino.

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